A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) expressou sua posição contrária à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL/SP). A proposta visa substituir o regime de trabalho 6x1 pelo modelo 4x3, que estabelece quatro dias de trabalho seguidos de três dias de folga.
Para a CNDL, que representa o setor de comércio e serviços em todo o país, a medida pode trazer sérios riscos à sobrevivência de micro e pequenas empresas. A redução da jornada sem correspondente redução salarial aumenta os custos operacionais, comprometendo a estabilidade financeira desses negócios e dificultando sua competitividade.
A entidade ressalta que a valorização dos trabalhadores e o bem-estar das famílias brasileiras são prioridades. No entanto, acredita que a PEC trará impactos negativos, como:
- Prejuízos ao funcionamento do comércio: maior dificuldade em manter horários regulares devido à escassez de mão de obra.
- Aumento da informalidade: dificuldade de adaptação pelas empresas pode levar a contratações irregulares.
- Redução de salários e do poder aquisitivo: consequência do desequilíbrio no mercado de trabalho.
Além disso, a CNDL aponta que a proposta baseia-se em modelos aplicados em países europeus e norte-americanos, cuja realidade econômica e trabalhista difere significativamente do Brasil. O alto custo do emprego e os encargos trabalhistas no país tornam inviável a implementação de medidas similares sem comprometer o desenvolvimento econômico.
A Confederação reforça seu compromisso com a geração de empregos e com o fortalecimento do setor produtivo. Assim, conclama o Congresso Nacional a promover um debate amplo e responsável, buscando alternativas que equilibrem o crescimento econômico, a sustentabilidade dos negócios e a qualidade de vida dos trabalhadores.